Quimbanda é um conceito religioso de origem afro-brasileira, presente na Umbanda, ainda controverso quanto a sua real definição na atualidade. Por vezes, é classificada como uma religião autônoma.[1]
É identificado por alguns como o lado esquerdo (polo negativo) da Umbanda[1]
, ou seja, que tem todo conhecimento do mundo astral, inclusive da
magia negra, e que podem ajudar a fazer o bem. Suas entidades vibram nas
matas, cemitérios e encruzilhadas, também conhecidos como "Povo da Rua"
e abrangem os mensageiros ou guardiões Exus e Pomba-gira
A Quimbanda trabalha mais diretamente com os exus e pomba giras, também chamados de povos de rua, de uma forma que não é trabalhada na Umbanda pura.[2] Estas entidades, de acordo com a cosmologia
umbandista, manipulam forças negativas, o que não significa que sejam
malignos. Geralmente estão presentes em lugares onde possam haver kiumbas,
obsessores, também conhecidos como espíritos atrasados. Os Exus e
Pombagiras trabalham basicamente para o desenvolvimento espiritual das
pessoas, com o intuito de evolução espiritual, além de proteção de seu
médium. Como são as entidades mais próximas à faixa vibratória dos
encarnados, apresentam muitas semelhanças com os humanos.
A entrega de oferendas é comum na Quimbanda, assim como na Umbanda, mas variam de acordo com cada entidade.[1]
Podem ser oferecidas bebidas alcoólicas, tais quais, cachaça (marafo),
uísque ou conhaque, entre outras, além de velas e charutos.
Lourenço Braga, discípulo de Zélio de Moraes, escreveu em 1942 o livro Umbanda (magia branca) e Quimbanda (magia negra), onde ele lista sete linhas da Quimbanda:[3]
- Linha das Almas - Exu Omulu
- Linha dos Caveiras - Exu Caveira
- Linha de Nagô - Exu Gererê
- Linha de Malei - Exu Rei
- Linha de Mossuribu - Exu Kaminaloá
- Linha dos Caboclos Quimbandeiros - Exu Pantera Preta
- Linha Mista - Exu dos Rios/Exu das Campinas
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